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sábado, 4 de dezembro de 2010

"O menino que viu como Jesus"


A seguinte história foi contada sobre uma família que parou

numa lanchonete no dia de Natal.

Eles estavam viajando, longe de casa, e pararam

para descansar e almoçar.

A família de Nancy eram os únicos com crianças

na lanchonete.
Nancy conta como foi.

"Eu coloquei Joãozinho, de dois anos, numa cadeira de bebê

e notei que a lanchonete era calmo e todo mundo

estava comendo e conversando.

De repente Joãozinho gritou "Oi, amigo."


Meu filho bateu na mezinha da cadeira e seus olhos

estavam alegres e animados.
Ele estava sorrindo e gaguejando.

Eu olhei ao redor e vi a pessoa para quem ele falou.

Num canto, perto da porta, estava sentado um mendigo.

A roupa do homem estava suja e manchada.
Eu podia ver os dedos de um dos seus pés num

sapato desgastado.

Seu cabelo estava assanhado.
Sentamos um pouco longe dele,

mas eu imaginei como era o cheiro do homem.

O mendigo acenou no ar meio doido.

"Olá meu amiguinho. Oi homenzinho. Tudo bem?"

ele falou para Joãozinho.

O que é que a gente faz,"? eu perguntei a meu marido.

"Oi. Olá," gritou Joãozinho para o homem.
Todo mundo na lanchonete olhou para a gente

e depois para o homem.

Nosso almoço chegou e daí o homem realmente

começou a gritar.

"Meu amiguinho! Você conhece

'Atirei um pão no ga-tô-tô'"… ?

Ninguém achou graça no mendigo.

Ele obviamente estava bêbado.

Eu e meu marido ficamos constrangidos.
Mas, não queríamos criar uma cena.
Tentamos ignorar o velhinho.
Comemos em silêncio.

Mas, Joãozinho não.
Ele cantou tudo que sabia e o mendigo continuou

com seus comentários.

Finalmente acabamos nossa refeição e fomos sair.

Meu marido foi pagar a conta e pediu que eu

saísse logo da lanchonete.

O mendigo estava perto da porta.
Eu orei "Ó senhor, me deixe sair daqui antes

que ele fale de novo com Joãozinho."

Quando passei perto do homem eu virei de costas para ele.
Quando fiz isso, Joãozinho se inclinou de repente

e se jogou para o mendigo.

Antes que podia parar ele,

Joãozinho já estava nos braços do homem.

De repente um velhinho, sujo e de mau cheiro

e um menino pequenino consumaram sua amizade.


Num ato de confiança total, Joãozinho deitou sua

cabecinha no ombro do mendigo e sorriu.

O mendigo fechou os olhos e ninou e balançou Joãozinho

em seus braços.
O tempo parecia parar.

Finalmente o velhinho abriu seus olhos

e olhou diretamente nos meus.

"Tome cuidado deste menino." Ele conseguiu dizer.
"Eu vou, sim." Eu disse, mal conseguindo falar.

Ele levantou Joãozinho do seu ombro, e,

com ternura e muita dificuldade, como se tivesse

doendo muito, colocou meu menino de volta nos

meus braços.

O homem disse

"Deus te abençoa doutora.

Você me deu meu presente de Natal."

Eu mal consegui falar.

Estava tão envergonhada.
Com Joãozinho nos meus braços,

corri para o carro.

Meu marido me perguntou porque eu estava chorando.
Eu só conseguia dizer "Meu Deus, meu Deus, me perdoe."

Eu havia acabado de testemunhar o amor de Cristo

por meio de uma criancinha.
Meu filho não viu nenhum pecado,

e não fez nenhum julgamento.

Ele, uma criança, viu uma alma,

quando eu, uma Cristã só vi roupa suja.

Eu fui uma Cristã que era cega,

segurando uma criança que não foi.

Eu senti como se Deus estivesse me perguntando
"Você está disposto a compartilhar seu filho

por um momento,

quando eu compartilhei o meu para eternidade"?

Aquele mendigo me lembrou também,

que para entrar no Reino, precisamos todos nos

tornarmos como crianças.

- Autor desconhecido.

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